segunda-feira, 8 de setembro de 2008


Afinal, afinal... Ele tem o fácil acesso. Ele está ali tão perto. Ele tem o modelo ideal. Ele é o que ela se permitiria, mas se fosse o que ela pretendia. Uma pretensão de que ele se tornasse para ela, o que ela era para ele. Ela é verdade, é puramente simples, nada de sofisticação. Mas ele não a entende. Ele não a lê. E ela se enrola nas suas próprias cordas pra prendê-lo. E ele foge sempre de maneira fácil. Não há nó. Não há laço. Não há nada que o faça ficar... E ele sempre se vai. E ela fica com a mesma dúvida todas as noites em que ele se lança pela janela e se disfarça de sombra na escuridão: Quem é ele? Quem é que o trouxe ali? O que significam esses rastros? Por que deixar tantas marcas? Qual a verdadeira intenção dos seus beijos? Faz frio e ele não a aquece. Faz frio e ele não a aquece. Faz frio e ele não a aquece.

.... E ela não sabe até quando suportará a sensação de sentir frio em dias tão quentes.

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