sexta-feira, 12 de junho de 2009

Não quero levantar a bandeira dos solteiros nesse doze de junho. Também não quero falar sobre o aspecto comercial da data. E, de forma alguma, pretendo chorar pitangas por conta da solidão.

Mas não há dia mais propício para que eu pudesse fazer tudo isso num texto só... Poderia até começar dizendo que os solteiros vivem num mundo à parte, onde aprendem a dividir segredos de liquidificador somente para si. Eles sabem lidar direitinho com aquelas festas, todas lotadas, sem se intimidar ou não saber o que fazer com as mãos. Esses solteiros são super desbitolados e não sabem ou não se lembram do poder terapêutico que é um colo. E são tão livres que sequer precisam deixar rastros de suas partidas rumo à solidão.

Realmente, nessa data eu conseguiria dizer que é um terror não saber pra onde ir e não ter o que fazer diante de tanta poluição visual com o excesso de amor publicitário e marketeiro. Daria até pra comentar que fazer compras é ter que negar para si e para todos os vendedores inconvenientes, que aquilo não se trata de presente para namorado algum. E terminaria dizendo que não adianta apelo comercial para alto preço da solidão. Por mais resolvida e bem assimilada que ela seja.

De jeito nenhum! Quero ficar longe de debates assim. Quero trabalhar normalmente, estudar normalmente e ir para casa. E como se isso fosse normal, eu iria dormir. Como se a noite pudesse me trazer a chance de fugir do meu normal e sonhar com dias menos cinzas, palavras mais doces, olhos mais brilhantes, risadas mais gostosas, frases mais felizes.... como se assim o coração ficasse mais completo.

Bom, mas isso só aconteceria se eu me sujeitasse a falar de um assunto como esse, numa data como essa.

Mas eu não preciso falar sobre isso em dias assim.

Posso seguir sem contar nada.

E pra ninguém.

2 comentários:

pree disse...

só pra mim, abiga. =~~~

José Roberto Paraíso disse...

Pode crê!