terça-feira, 26 de março de 2013



Tudo aquilo que sempre se lançou ao mar, não mais voltava com as ondas. Não mais voltava o som dos gemidos. Dos gritos. Dos sussurros. Do barulho que quebrava o silêncio do mar tranquilo, sem ondas. Não existia o que voltar quando aquele lançar atingia a distância em que se perdiam as vistas. Não tinha motivos para esperar o retorno do que não existia mais. 
Ficaram as pegadas solitárias na areia e as cartas em garrafas sem destino certo. 
Restaram o mar revolto e o céu aberto. E tudo aquilo num peito coberto de água e sal.

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